Graça
e Paz a todos! Voltamos para mais um estudo. Este pretende ser polêmico,
porquanto no atual texto, atacaremos uma das bases da escatologia moderna ao
mesmo passo que apresentaremos uma nova versão dos fatos, não como alguns que
empurram ideias goela abaixo, mas explanaremos e apresentaremos de modo
racional e histórico uma nova versão da história que projeta ser bíblica.
Mas
primeiramente pretendo mostrar em uma introdução, a como cheguei a essa
conclusão.
Nota: Este estudo não tem o
intuito de ofender nenhum Católico, Adventista ou Protestante.
Breve Introdução
Costumo estudar escatologia, desde quando o Senhor me encontrou esse foi um assunto que sempre me despertou a curiosidade, mas quando via ou lia algo sobre escatologia sentia como se algo estivesse faltando, algo que, assim como uma chave que se encaixa perfeitamente em um cadeado, se encaixaria nas profecias. O que está faltando? Esta era a minha pergunta.
Percebendo
que sempre se convergia as ideias de quem seria um dos principais e mais estudados
personagens da escatologia cristã, o anticristo, e vendo algumas das novas
ideias que surgiram quanto a isto, resolvi por mim mesmo pesquisar e
investigar, então com o auxílio de livros e alguns artigos e vídeos da
internet, cheguei a dar um passo a mais no cumprimento da profecia, não que o
tenha chegado por completo, mas as novas ideias estão abrindo horizontes jamais
vistos, ajudando a fazer o encaixe perfeito da profecia.
Este estudo não
pretendo ser altivo, nem se proclamar dono da verdade absoluta, mas mostrar
como e por quê a escatologia atual pode estar um pouco equivocada. Aqui está um
pouco dos estudos que fiz, espero que você seja abençoado com ele. Peço que
você leia com sabedoria, e possa interligar os fatos históricos.
As sete cabeças da besta do Apocalipse 13.
Sempre
nos é dito em muitos estudos e artigos sobre a besta do apocalipse (do mar) que
ela é composta por sete reinos que dominaram o mundo em sua época. O que impera
atualmente é a perspectiva adventista, que é adotada por muitos, alguns com
algumas mudanças. Essa é a lista dos Impérios que muitos sites e livros trazem.
Essa lista está corretíssima, não atacaremos a ela, mas a um dos seus itens, o
sétimo reino e também o oitavo, que é o do anticristo. Vamos a ela:
- 1. Egito
- 2. Assíria
- 3. Babilônia
- 4. Pérsia
- 5. Grécia
- 6. Roma
- 7. Roma Papal
- 8. Vaticano
Esta é
a visão adventista, em que traz o Vaticano como o reino do anticristo, o papa o
próprio anticristo e a Igreja Católica Romana como a Grande Meretriz.
A
versão mais usada na escatologia atual não se distancia muito da versão
adventista:
- 1. Egito
- 2. Assíria
- 3. Babilônia
- 4. Pérsia
- 5. Grécia
- 6. Roma
- 7. Roma dividida
- 8. União Europeia, Estados confederados da Europa, o G20 ou o Império Romano revivido (que entra nos três primeiros).
Fazendo
uma mistura da interpretação preterista, futurista e histórica, essa lista se
baseia. Visão preterista, por que associam o Livro de Apocalipse quase todo ao
Império Romano, futurista, por crer que o Livro se trata de visões que
acontecerão no futuro e histórica, por interpretar alguns fatos que deveriam
ser do futuro, como histórico, e assim juntando-os.
Muitos
interpretam a visão de João da besta do capítulo 13 como infalivelmente sendo o
Império Romano, não abrindo espaço para a plenitude da profecia. Em um site de
escatologia (não citarei o nome) diz que:
“O fato de o diabo ter sete
cabeças com sete coroas (diademas) muito provavelmente representa os sete
estágios do Império Romano, que moldou o estilo de governo satânico. O Império
em si pode ter desaparecido, mas seu conceito permanece até nossos dias - o
mesmo regime ditatorial, totalitário e maligno adotado em países atuais. Pela
história, o Império Romano teve seis estágios:
- Roma, somente
- Itália
- Grécia e os Bálcãs
- França (Gália)
- Oriente Médio
- Britânia
Perceberam
que eles sempre levam para Roma? Porventura as sete cabeças e sete coroas do
diabo não poderiam simplesmente dizer que, como sete é o número da inteireza 1)
o diabo possui os sete impérios da lista, o imperador e poder deles? 2) que ele
tem poder e autoridade para governar através dos sete reinos e seus
imperadores? Por que tem que levar a profecia totalmente para Roma? Lembre-se
da salada que fazem misturando todas as interpretações.
Em
outro ponto referente as sete cabeças da besta, o mesmo autor do site diz:
"As sete cabeças são a parte mais controversa e o que vamos escrever é baseado no que já houve de pesquisas escritas a respeito:
- Uns sugerem
que podem corresponder a sete reis
(imperadores) do Império Romano. Até a época de João, cinco
reis já haviam aparecido. Domiciano era o da época de João e então [ isso
não seria visão preterista ou histórica? ], ocorreria um salto na história
até o período de Tribulação em que o anticristo será o tal "sétimo
rei".
- Outros
sugerem que podem correspondem a sete fases pelas quais os Império Romano passaria [Novamente Roma] e a sétima seria a besta não
descrita em Daniel 7 que seria então o sistema de
governo do anticristo a ocorrer durante a Tribulação. (Grifo e comentários
meu).
Percebe-se que não se dá espaço para os outros reinos que eles mesmo
dizem que foram as sete cabeças da besta, mas como eu já disse, a besta é
histórica, sendo representado por sete impérios que oprimiram Israel e não
somente por Roma. Dizer que apenas Roma se encaixa na figura da besta de
apocalipse 13, excluindo todos os seis impérios anteriores, sem nenhuma prova
do porquê, é o mesmo que afirmar que a mulher de apocalipse 12 é a Maria do
culto mariano!!
Por isso defendo uma revisão do que seria as sete cabeças da besta sem
dar lugar a dualidades como: “Ah, as sete cabeças podem significar os sete reinos
e os sete estágios do Império Romano”. Isso dá a profecia duas interpretações
no mesmo texto, como se um símbolo pudesse representar mais de uma coisa, é
claro que, salvo alguns que esse modo de interpretação é cabível.
O real Império Romano: O que muitos não te contaram sobre ele.
O SPQR Romano significa o Senador e o Povo de Roma. |
Vamos agora a segunda parte do estudo, em que mostraremos agora como
equivocadamente, interpretam a sétima cabeça como sendo a Roma Papal, Europa, e
o que der na cabeça de qualquer um que decifra a Revelação sem qualquer
escrúpulo.
Li certa vez em um blog a seguinte frase:
“Ao ser mencionado que a ferida mortal do
Império Romano tinha sido curada [
Não foi uma das cabeça da besta que foi curada? ], Deus desejou mostrar, que,
apesar da ocorrência da queda ou do fim deste Império, toda a sua estrutura de
poder, suas ideologias pagãs e suas campanhas sanguinárias continuariam vivas,
através as ações de Roma Eclesiástica, sua legítima
sucessora. [Misericórdia! ] ” (Grifos e comentários meus)
Como percebemos, eles atribuem ao Império Romano do Ocidente dividido em
vários reinos como a sétima cabeça da besta, apoiando que Roma Papal é a
sucessora do Império Romano, mostraremos que esse pensamento é ilógico, do
ponto de vista histórico, que o Papado, nem qualquer outro reino europeu é o “legítimo
sucessor” do Império Romano. Estudaremos os estágios de Roma Imperial, até
chegarmos ao papado e divisão da Europa, tentando encontrar quem realmente é o
sucessor de Roma. Focaremos agora em Roma Ocidental.
Vamos
ver alguns parágrafos de um livro de história:
“Em
285, a situação [os imperadores romanos estavam em uma época que brigavam por
poder, e para assumir o trono, assassinavam o Imperador atual] se reverteu com
a ascensão de Diocleciano, inaugurando o chamado Dominato ou Baixo Império
Romano (285 a 476). [...]. Em 293, o imperador romano instituiu a tetrarquia. O
império foi dividido em quatro grandes territórios, cada qual com o seu imperador.
Após
várias tentativas de reordenamento [houveram muitas lutas dentro do Império
para ver quem assumia o trono], o império foi definitivamente dividido em 395: o Império Romano
do Ocidente, com sede na cidade de Roma, e o Império Romano do Oriente, com
sede na cidade de Bizâncio [Bizâncio é o mesmo que Roma, pois se
tornou capital do Império do Oriente], depois denominada Constantinopla.
A divisão do Império
garantiria a sobrevivência do Estado no Oriente [os
romanos não queriam perder todo o império, por conta de o Ocidente já estar
cambaleando, o Oriente foi visto como uma forma de manter o estado vivo, e a
partir de lá reconquistariam o Ocidente, que já se encontrava ameaçado pelos
bárbaros]. Combalida, a face
ocidental do Império resistiria bravamente até o século V. Mas, empobrecida,
Roma não resistiria à fúria germânica.
No ano de 476, Odoacro,
chefe dos hérulos, conquistou Roma, depondo o último imperador, Rômulo Augusto. A queda de Roma foi um marco na história
ocidental. [Nota: Roma aqui refere-se a capital do Império do Ocidente que
ficava na península itálica, não ao Império por completo]” (VAINFAS,
Ronaldo... [et al.]. História 1: Das sociedades sem Estado à
monarquia absolutista. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 73. Grifos e
comentários, entre colchetes [ ] meu)
O Império Romano do Oriente
(Bizâncio)
Detalhe de mosaico bizantino (c. 547)
representando Justiniano I. O caráter divino do imperador do Oriente é ressaltado
por um halo que envolve sua cabeça.
|
Lembram
que em 395 d.C. Roma se dividiu em Império
Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente? Então, embora ROMA OCIDENTAL
caiu, a parte Oriental continuou de pé até o fim da idade média. Em 476 d.C o
Ocidente caiu, mas como vimos, o império mudou-se para o Oriente e sua capital
passou a ser Constantinopla. Enquanto o Ocidente se tornara em inúmeros reinos,
o Oriente se mantinha unido sob um imperador.
O Oriente fez Roma (o Império, não a cidade) se manter de pé,
permitindo haver uma sucessão genuína das cabeças da besta. Vale lembrar também
que apenas por que o Império Bizantino recebe esse nome, isso não o
desqualifica como romano, na verdade o nome Império Bizantino começou a ser
usado pelos filósofos iluministas, antes disso ele não tinha esse nome. Vamos
chama-lo assim, pelo fato de ser muito usado nos livros.
“De
início [no Oriente] prevaleceu a tradição romana, com o uso do latim, e o papa
de Roma ainda dispunha de autoridade para decidir sobre questões da religião
cristã. Com a estrutura administrativa herdada da tradição romana, a
civilização bizantina manteve-se econômica e financeiramente adiantada,
enquanto o Ocidente decaía.
Com o
tempo falaram mais alto as raízes gregas e asiáticas, e a orientalização de
Bizâncio foi inevitável, passando a predominar costumes mais antigos, inclusive
com a retomada da língua grega. Os imperadores, investidos de maior poder, assumiram
decisões no campo religioso, motivo pelo qual as divergências com o papado
culminaram em 1054 com a criação da Igreja Cristã Ortodoxa Grega, acontecimento
conhecido como Cisma do Oriente, pelo
qual os bizantinos recusaram a autoridade do papa de Roma e as duas Igrejas se
separaram. “ (ARANHA,
Maria Lucia de Arruda. História da
educação e da pedagogia: geral e Brasil. 3 ed. São Paulo. Moderna, 2006 p.
102)
No
Oriente, o modo romano de imperar ainda subsistia. O imperador realmente tinha
poder, mandava na religião, na economia, no direito. Preservou-se assim, como
era de costume romano, uma grande estima pelo imperador. O próprio Ocidente
reconhecia o imperador de Bizâncio dando-lhe o título de Imperador Romano.
“O
imperador [no Império do Oriente] era considerado representante de Deus na
Terra, uma característica visível nas pinturas, nos mosaicos [...] e demais obras
de arte: a cabeça imperial era rodeada por um halo, semelhante ao das imagens
dos santos. ” (VAINFAS, Ronaldo... [et al.]. História 1: Das sociedades sem Estado à monarquia absolutista. 2.
Ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 84. Comentários, entre colchetes [ ] meu)
O
Oriente viveu por muitos séculos independente do Ocidente, totalmente separada
política e religiosamente, até a religião cristã no Oriente era mais pura que
no Ocidente, a educação também continuou sendo a humanitas romana, enquanto que na Europa a Igreja Católica impedia
a população de ler livros de filosofia e outros clássicos tomados como “pagãos”
(os que sabiam ler, que na época era muito raro, já que apenas os clérigos
sabiam ler). Até mesmo a Bíblia não se podia ler, o padre deveria ler e
interpretar conforme as regras da Igreja Católica (a missa e a leitura eram
realizadas em latim, o que dificultava mais ainda a disseminação das
Escrituras, visto que poucos sabiam o latim). Por isso, quando se fala de Idade
das Trevas, se fala de Europa, por que “o Oriente era bem mais rico e
concentrava as regiões mais férteis do Império, e as cidades e o comércio ainda
eram muito ativos [no Ocidente as cidades foram esvaziadas, a população vivia
em feudos, muitos separados uns dos outros]. Isso ajuda a entender por que no
século V essa parte resistia às invasões, enquanto o Ocidente foi sendo pouco a
pouco dominado por diversos povos. ” (Carlos Augusto Ribeiro
Machado. Roma e seu império. São Paulo, Saraiva, 2000. p. 41.
Comentários entre colchetes [ ] meu)
Muito
se destacava a Igreja de Bizâncio com a Igreja de Roma, por conta de não haver
um imperador, o papa era líder da religião cristã no Ocidente, já no Oriente o
imperador dominava sobre a religião, como era de costume no Império Romano,
disso percebemos que até na estrutura religiosa a Europa não tinha nada da
forma romana, enquanto que Bizâncio, sim. Antes mesmo da queda do Ocidente, o
cesaropapismo era o sistema que vigorava no Oriente.
“Submetida
ao imperador bizantino [Roma Oriental], a igreja de Constantinopla se mantinha
autônoma em relação ao patriarca de Roma (o papa). O mesmo ocorreu em outras
sedes da Igreja oriental, incluindo partes da Europa do leste, onde os
patriarcas eram autônomos e só formalmente subordinados ao patriarca de Roma.
Nos territórios de Bizâncio, a maior autoridade da Igreja era o imperador.
Portanto, desde o início da Idade Média [queda do Ocidente], ou mesmo antes, as
Igrejas do Ocidente e do Oriente eram quase separadas. No entanto, a ruptura
total somente se consumaria com a Grande Cisma do Oriente, no século XI, com a
fundação da Igreja ortodoxa ou Igreja grega, que conheceu diversas
ramificações. (VAINFAS, Ronaldo... [et al.]. História 1: Das sociedades sem Estado à monarquia absolutista. 2.
Ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 84. Comentários, entre colchetes [ ] meu)
O
tempo passou e Bizâncio continuou Romano até o fim, muito aguentou o Oriente,
que recebia ataques dos turcos, dos árabes, dos persas e até dos reinos
Ocidentais. O imperador bizantino se mantinha ao lado do povo, sempre
defendendo o império dos ataques. Mas como profetizado, a sétima cabeça da
besta viria e tomaria o lugar de Roma e “em 1425, João VIII, [...], [penúltimo
imperador de Bizâncio] buscou o apoio dos cristãos da Europa Ocidental, até
mesmo da Igreja. Chegou a propor uma conciliação com Roma, reconhecendo a
autoridade apostólica do papa. O Concílio de Ferrara, iniciado em 1431, aprovou
a união entre as duas Igrejas, mas a aliança não prosperou, pois, os patriarcas
de Bizâncio rejeitaram a manobra do imperador. A queda de Constantinopla
tornou-se questão de tempo. No início de 1453, os turcos conquistaram a cidade.
“ (VAINFAS,
Ronaldo... [et al.]. História 1: Das
sociedades sem Estado à monarquia absolutista. 2. Ed. São Paulo: Saraiva,
2013. p. 123. Comentários, entre colchetes [ ] meu).
Vamos
a Bíblia: As sete cabeças... são também sete
reis... Ap 17:9-10.
As sete cabeças não são apenas reinos ou impérios, são também
sete Reis. Se são também reis, então uma cabeça só pode deixar de existir se o
seu rei também deixar de existir. Sabendo-se disso, um reino pode deixar de
existir, mas se o seu rei não morrer, o reino continua vivo. O mesmo ocorreu
com Alexandre e seu império, que foi dividido se tornando as quatro cabeças do
leopardo da visão de Daniel. Na tomada de Constantinopla o último rei romano,
Constantino XI Paleólogo foi morto, então o Império acabou, “sua morte marcou o fim
definitivo do Império Romano, que
continuou no leste 977 anos após a queda do Império Romano do Ocidente” (Nationalism and territory:
constructing group identity in Southeastern Europe, George W. White, Rowman
& Littlefield, 2000, pp.124, grifo meu.) Com a
queda de Constantinopla, o Império Romano definitivamente ruiu, sendo sucedido
pelo seu verdadeiro sucessor, o Império Turco-Otomano, para ler mais aqui.
Como estudado, os reinos bárbaros e o papado não se deram
como uma extensão nem sucessor do Império Romano, pois ele ainda existia no
Oriente, mas ainda podem restar dúvidas frente as objeções, vamos a elas.
E o Papado?
Algumas verdades sobre o Papado Europeu.
Poderíamos parar o estudo aqui e já teríamos provado que
depois que o Ocidente caiu, o Império Romano continuou vivo até o fim da Idade
Média, na parte Oriental. Mas vamos seguir para analisarmos o Papado Europeu,
que muitos dizem ser a besta.
O Poder do Papa
Quando o imperador Constantino se “converteu”, em 312 (alguns
dizem 313), o cristianismo se tornou religião oficial do Império Romano. O
imperador permitiu as práticas da fé cristã, inclusive, ele é considerado por
muitos como fundador da Igreja Católica, pra quem não sabe a palavra Católica,
descreve justamente essa prática adotada por Constantino, a palavra vem do
Latim CATHOLICUS, “geral, universal”, do Grego KATHOLIKOS, da expressão
KATH’HOLOU, “no geral, globalmente”, de KATA, “sobre”, + HOLOS, “inteiro,
total”, ou seja Católico significa algo universal, sobre todos, então Igreja
Católica nada mais é do que “Igreja sobre todos”, “sobre todo o mundo (romano)”. Todo o império estava,
agora, debaixo da fé cristã. Constantino permitiu os cristãos se organizarem,
e, ele mesmo definiu come seria a liturgia e ordem da Igreja, mas acontece que
o Imperador não conhecia outro modo a não ser o dos antigos cultos pagãos e das
cerimônias da corte imperial. Assim muitas liturgias, práticas e até mesmo a
arquitetura das igrejas foram inspiradas no paganismo. Muitos nem sequer
estudam a História da Igreja, para sequer perceberem que a Igreja Católica, não
foi um novo ramo do cristianismo, mas apenas um cristianismo difundido e não
mais perseguido. Acontece que o paganismo se aproveitou dessa liturgia baseada
nos seus cultos para introduzirem heresias, para dar algumas “escapadinhas”,
por exemplo, a deusa Venus e Cupid foram transformados em “Deusa Mãe e Filho”
(quem lê entenda). Então a Igreja foi tornando-se misturada ao paganismo.
Constantino convocou o Concílio de Niceia, em 325, primeiro
evento ecumênico, em que ele era o Pontifex
Maximus (Sumo Pontífice) que escolheria os bispos e regeria toda a religião
no Império. Desse Concílio surge o Credo Niceno Constantinopolitano: Creio na
Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica Romana.
O tempo foi passando e os Bispos foram tomando poder para si,
querendo mais autoridade sobre o povo e a Igreja, as igrejas locais começaram a
perder autonomia quando o Papa Inocêncio I, em 402, se declarou "Governante
das Igrejas de Deus” exigia que todas as controvérsias fossem levadas a ele. Foi então que o Bispo da cidade de Roma (naquela
época cada cidade tinha o seu bispo) Leão I (440-461), se exaltou afirmando que
o Bispo da cidade de Roma, teria mais autoridade sobre a Igreja e sobre todos
os outros bispos das outras cidades, por conta de a religião romana ter sido
originada em Roma. Então, o Bispo atribuiu para si o título mais uma vez de Pontificex Maximus, o mesmo adotado pelo
imperador Constantino, se tornando o Papa, o termo papa vem da junção da
primeira sílaba de duas palavras latinas: Pater
Patrum (Pai dos pais), virando assim o Papa Leão Magno I, os historiadores
dizem que ele foi o primeiro papa (o primeiro papa, oficialmente falando foi
Gregório Magno I). Lembra da invasão de Átlla na Península Itálica e a
intercessão do Papa? Foi o Papa Leão Magno I, que interviu, salvando o Império.
A partir daí o Ocidente passou a quase adorar o Bispo de
Roma, quando o Imperador Romano Valentiniano III, em 445, bajulado,
reconheceu oficialmente a pretensão do papa de exercer autoridade sobre as
Igrejas. O papado foi tendo como base a passagem bíblica de Mateus
16:18, alegando que o Papa era sucessor do Apóstolo Pedro e que o mesmo tinha
se enterrado em Roma. Por isso Roma deveria ser a sede da Igreja, pois Pedro
repousava lá, e o Bispo de Roma deveria ser o chefe supremo da religião. Nesse
tempo o Império Romano do Oriente continuava ativo, não reconhecendo a autoridade
do Papa, ainda que o vissem como chefe religioso, a imaculação e inerrância
papal eram colocadas em xeque.
Como surgiu o Vaticano?
Na
época em que o papa Estêvão II recorreu aos francos, eles viviam sob o domínio
da dinastia Carolíngia, fundada por Pepino, o Breve[...]. Apesar da mudança
dinástica, a aliança entre os francos e a Igreja permaneceu inabalável. Entre
754 e 756, Pepino organizou duas campanhas contra os lombardos e retomou as
regiões de Ravena e Roma, doando-as a Igreja. O ato, conhecido como doação de São Pedro, deu origem ao
Estado pontifício que iria durar mais onze séculos. (VAINFAS,
Ronaldo... [et al.]. História 1: Das
sociedades sem Estado à monarquia absolutista. 2. Ed. São Paulo: Saraiva,
2013. p. 88).
Os dez
reinos germânicos que se fundaram na Europa sempre viviam em guerra, buscando
sempre aumentar o seu território, o único ponto que os unia era a religião
cristã. No tempo em que o rei Astolfo dos Lombardos estava invadindo as regiões
de Ravena e a Cidade de Roma, o Papa Estêvão III pediu ajuda a Pepino III. O
rei dos francos retaliou os lombardos que foram obrigados a recuar. Com as
terras em suas posses, Pepino, doou uma grande extensão de terras ao Papa,
inclusive Roma, criando um país no meio da Itália. Com a “Donatio Pippini”, o Estado Pontifício foi originado, nascia o
Vaticano.
Em
troca o Papa apoiou Pepino a derrotar Childerico III, rei dos francos, e tomar
o seu poder, fazendo a dinastia merovíngia viram a carolíngia, deu a Pepino o
título de “Patrício dos Romanos”. No Império do Oriente a doação de Pepino não
foi bem vista, com protestos o povo reclamava, pois, as terras de Ravena
pertenciam ao Imperador Romano do Oriente.
O Papa
se defendeu alegando possuir um documento que mostrava que o Imperador
Constantino havia doado as terras à Igreja. No século XV, esse tal documento
foi mascarado como mentira, a verdade é que o Papa, ameaçado pelos lombardos,
mandou fazer a escritura de doação no século VIII como sendo de autoria de
Constantino. As bênçãos da Igreja retiraram a ilegitimidade do documento e o
golpe de Estado.
A
doação de terras à Igreja era comum no sistema feudal da Europa, como parte do
dízimo obrigatório, a Igreja Católica tomou posse de um terço das terras de
toda a Europa!
A
Igreja detinha um grande número de terras, até quando ela perdeu o seu poder no
Século das Luzes. Em 1861, os italianos queriam unificar a Península Itálica,
anexando ao seu governo todas as terras da Itália, mas não conseguindo anexar
Roma, por conta de o exército francês estar guardando o Papa e suas terras
(lembra dos francos? Pois é, deles surgiram os franceses. Os francos se ligaram
ao papa mais fortemente do que os outros reinos). Em processo de unificação, a
Prússia (atual Alemanha) declarou guerra à França em 1870, por conta disso as
tropas francesas liberaram a cidade de Roma, o governo italiano aproveitando-se
disso tomou posse das terras. O Papa da época, Pio IX se declarou prisioneiro
do governo italiano, reconhecendo a perda do Patrimônio de São Pedro doado por
Pepino. Ele se recusou a deixar a cidade, dizendo que Roma era a “cidade
eterna”. O Papa não aceitava a Itália ser um estado laico separado da Igreja,
que antes na Idade Média, era dona de quase todas as terras italianas.
Mais
tarde, o ditador fascista Benito Mussolini em 1929, entrou em acordo com o Papa
Pio IX, que deu o resto das terras ao governo, ficando apenas com a porção de
terra hoje conhecida como Vaticano. Em troca todas as escolas italianas eram
obrigadas a dar o ensino católico, o governo pagaria impostos ao Papa por
indenização das perdas das terras, e na parte de Mussolini, o ditador oprimia
os italianos enquanto que o Papa “fingia não ver”. Esse episódio ficou
conhecido como a Questão Romana, que deu origem ao Tratado de Latrão, que
permitia a criação do Vaticano dentro do governo italiano.
Achei
algo interessante em um blog da Internet:
“A
palavra "papa" denominava até o ano 500 todos os bispos ocidentais.
Aos poucos, restringiram esse tratamento aos bispos de Roma, que valorizados,
entenderam que a Capital do império desfeito deveria ser Sede da Igreja.
Nicolau l, ano 858, foi o primeiro papa a usar Coroa. Usou um documento
conciliar falso (espúrio) dos Séculos II e III que exaltava o poder do papa e
impôs autoridade plena. Assim, o papado, que era recente, tomou-se coisa
antiga. O Vaticano projetou-se quando recebeu de Pepino, o Breve, ano 756,
vastos territórios; essa doação foi confirmada pôr Carlos Magno, ano 774,
quando ocupava o trono papal Adriano I.
Carlos
Magno elevou o papado a posição de poder mundial, surgindo o "Santo
Império Romano" que durou 1.100 anos. Mais tarde, Carlos Magno
arrependeu-se por doar terras aos papas. No seu leito de morte sofreu
"horríveis pesadelos". Agonizando, lastimava-se assim: "Como me
justificarei diante de Deus pelas guerras que irão devastar a Itália, pois os
papas serão ambiciosos, eis porque se me apresentam imagens horríveis e
monstruosas que me apavoram devo merecer de Deus um severo castigo". “ (Lucimar Simon, A
DOAÇÃO DE PEPINO (756). O
texto completo pode ser visto neste blog: http://simonrepensandoahistoria.blogspot.com.br/2011/11/texto-doacao-de-pepino-756.html. O
autor é Graduado em História pela
UFES. Pós-Graduado em História e Literatura – Texto e Contexto pela UFES.)
O Papa
sempre quis ser líder do Império Romano, atestando ser ele o seu real herdeiro
e imperador. As práticas do Papa eram tomadas como inválidas no Império do
Oriente e pelo seu Imperador. Embora a Igreja Católica tenha herdado muito do
paganismo romano, sua hierarquização, o autoritarismo e a língua latina, não
herdou a unidade imperial, nem sua administração, que estavam ativas ainda no
Oriente, ou seja, enquanto no Ocidente o Papa dominava a ideologia da Europa,
no Oriente o Imperador dominava a Igreja e as terras do Império, se
constituindo assim legítimo sucessor romano, coisa que o Papa nunca teve.
Continuaremos
a ver outras objeções.
Houve outro Império Romano
no Ocidente? O Sacro Império Romano-Germânico
Há
quem pergunte, e o Sacro Império Romano-Germânico? Não era um Império Romano? A
resposta é: NÃO.
Segundo
a história, o Sacro Império Romano-Germânico nunca foi reconhecido como Império
Romano. Esse império era uma das divisões do reino de Carlos Magno, que foi
filho de Pepino, o Breve. Carlos Magno, antes rei dos francos e no ano 800,
coroado pelo papa Leão III como imperador do Ocidente. Quando Carlos Magno
morreu seu reino se dividiu em três, e em uma dessas divisões originou-se o Sacro
Império Romano-Germânico.
Mas ao
estudarmos toda a história percebemos que esse renascimento de Roma e a
ascensão de um novo “imperador romano” não passou de um golpe da Igreja,
juntamente com as ambições políticas dos francos.
“As
mudanças na sociedade feudal estiveram também presentes no cenário político,
com o conflito entre os dois grandes poderes daquele tempo: o Sacro Império
Romano-Germânico e o papado. ” (VAINFAS, Ronaldo... [et al.]. História 1: Das sociedades sem Estado à
monarquia absolutista. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 112)
Naquele
tempo havia uma briga entre o papado e o Sacro Império Romano-Germânico, não se
sabia quem mandava mais, se o papa ou o imperador, a junção do reino franco com
a Igreja foi apenas uma manobra de Carlos Magno, para aumentar o seu poder.
Carlos conseguiu fazer com que o seu poder fosse do mesmo tamanho que o do
papa, fazendo o reino franco ascender e durar mais que os outros reinos
germânicos. Mas por quê esse império recebe o nome de Império Romano?
“A
partir do século XI, o papa deixou de ser apenas o vigário de Deus para tornar-se, de fato, o principal de toda a
cristandade.
O
sucesso da primeira Cruzada [convocada em 1095 pelo papa Urbano II] reforçou o
poder do papa no Ocidente, mas nem por isso os monarcas se renderam totalmente
a sua autoridade. ” (ARANHA,
Maria Lucia de Arruda. História da
educação e da pedagogia: geral e Brasil. 3 ed. São Paulo. Moderna, 2006. p.
112. Comentário entre colchetes [ ] meu).
Iluminura do século XIV, feita em 1340. A
coroação de Carlos Magno, no Natal de 800, fez o cristianismo se tornar a
religião oficial da Europa Ocidental. (British
Library, Londres, Inglaterra.)
|
Carlos
Magno queria ficar a par do poder do papa, não querendo que apenas a Igreja
mandasse, diminuindo o seu poder. Para agradar o Bispo de Roma, o papa, Carlos
se uniu a Igreja para junto com ela fazer um Império, a Igreja sempre quis ter
um império, ainda mais se ele recebesse o nome de “Romano”.
Mas é
importante ressaltar as falácias que ocorreram nessa união a fim de reavivar o
Império Romano do Ocidente. O primeiro de tudo foi a ousadia do papa em se
declarar herdeiro do Império Romano, apenas pelo fato da Igreja católica ter se
originado em Roma.
O papa se dizia Imperador, tendo autoridade para coroar
Carlos Magno. Mas acontece que essa “autoridade” se baseava na Doação de
Pepino, que por sua vez baseava-se no documento, falso, de Constantino. Sendo
assim, o papa não tinha autorização política para coroar um Imperador, ainda
mais ele se fazendo de Romano.
Quando
o Papa Leão III coroou Carlos Magno como Imperador Romano do Ocidente, o
Oriente se viu superior a tal feito do papa, pois apenas o Imperador do Oriente
seria digno de coroar o seu par no Ocidente. Constantinopla se indignou pela
ousadia do papa, se dizendo o legítimo Império Romano. A Igreja defendeu-se
alegando que não aceitava a autoridade de uma mulher, naquele tempo o Império
do Oriente era governado pela Imperatriz Irene de Bizâncio.
Aconteceu
que o papa sendo atacado pelos próprios romanos, se viu encurralado. Sabendo
que uma mulher se sentava no trono do Oriente, a Igreja viu o trono oriental
como vago, por não ter um imperador masculino, então o papa se dizendo herdeiro
romano, aproveitou essa oportunidade e coroou um imperador masculino: Carlos
Magno. O Império Oriental classificou o ato do papa como uma ofensa, não
reconhecendo Carlos como imperador legítimo. O papa não deu crédito as críticas
de Constantinopla, mas argumentava que o Oriente não poderia se envolver nos
assuntos do Ocidente.
Entre
todos os efeitos, o renascimento de Roma ocorreu com um imperador forjado, por
cima coroado por alguém sem autoridade legal para isso, sendo assim, ilegítimo.
O
Sacro Império Romano-Germânico não era romano propriamente dito, mas apenas uma
fragmentação do império de Carlos Magno, que por sua vez era um dos vários
reinos germânicos. As terras do Sacro Império Romano-Germânico NÃO tinham em
seu domínio a cidade de Roma. Como pode um império romano não conter a cidade
de Roma? Ele só recebeu esse nome em memória das glórias que o Império Romano
teve em todo o continente europeu. Mas, e o Oriente? Ele também não tinha Roma
em seu domínio.
Vamos lembrar que em 395 o Império se dividiu, logo, duas
partes, duas capitais. Quando Roma caiu, Constantinopla continuou de pé como
capital romana. Entretanto Viena, capital do Sacro Império Romano-Germânico,
nunca recebeu o título de Capital Romana.
Na
verdade, do ponto de vista jurídico do próprio Império Romano, o Oriente seria
mais “romano” que o Ocidente, já que quando o último imperador romano do
Ocidente, Rômulo Augusto, foi desposado, Constantinopla se apressou para
conseguir as insígnias de Roma, reunindo assim de modo formal o Império Romano.
Além de tudo, nem os reis ocidentais se reconheciam como romanos, os germânicos
sempre buscavam que os bizantinos os reconhecessem como seus pares, se
utilizando de matrimônios, relações diplomáticas e as vezes até ameaças. Mas
eles não tinham êxito por parte dos bizantinos que sempre os chamavam de “rei
dos germanos”, jamais de “imperador”.
Querendo
sempre se passar por herdeiros dos romanos, a partir da metade do século XII, a
única coisa que os reinos germânicos conseguiram imitar de Roma foi o Iuris, o Direito Romano, já muito
utilizado no Oriente, e também a criação da Universidade, que já estava em
vigor no Oriente desde o século IX. Por isso o Império Romano Europeu da Idade
Média é juridicamente discutível.
Depois
da queda de Roma, os povos europeus nunca viveram unidos e em paz (diferente da
União Europeia atual). A religião cristã foi a única coisa que os manteve
unidos, e mesmo assim haviam muitos disparates na doutrina. “Após a queda do
Império Romano, o cristianismo tornou-se elemento de unidade na Europa
fragmentada em inúmeros reinos bárbaros.
” (ARANHA,
Maria Lucia de Arruda. História da
educação e da pedagogia: geral e Brasil. 3 ed. São Paulo. Moderna, 2006. p.
112)
Pequena Conclusão
Na
verdade, a Europa era toda dividida em feudos, que eram tão distantes uns dos
outros, abrigados nas florestas e montes, que em algumas partes do continente
desaprendeu-se até a como fazer fogo! Certamente os outros impérios ditos
romanos são só uma máscara para encobrir os feudos que eram divididos, quem
mantinha e liderava a unidade ideológica era a Igreja Católica.
Demorou
muito até que o poder papal fosse totalmente estabelecido e nem todos os
respeitavam (muitos papas morreram assassinados e de maneiras cruéis).
Muito
tempo passou desde a queda de Roma até o surgimento do poder papal, e enquanto
isso o Império do Oriente se manteve de pé, permanecendo até o fim da Idade
Média.
Enquanto Roma caia, a autoridade do Papa aumentava, surgia a dinastia merovíngia,
depois o Império Carolíngio, mais tarde o Sacro Império Romano-Germânico, uma
série de impérios e poderes se levantavam e caiam na Europa, em toda a história
o Império Romano do Oriente vivia!
Uma dose de verdade
Nossa sociedade tem uma cosmovisão, uma maneira de ver o
mundo, muito diferente de alguns povos, isso por que somos autocentrados,
olhamos para onde estamos, onde vivemos, o aqui e o agora. Não repararam que
quando alguém, desses profetas que surgem por aí, afirma que Jesus voltará à
meia-noite, ele sempre leva para meia-noite em seu país, não conhecendo os
demais fuso-horários que a Terra tem? Jesus voltaria a meia-noite para que
povo? Que país? É irracional ser autocêntrico. Nosso corpo social é totalmente
ocidental, pegue qualquer livro de ensino fundamental ou médio que fale do
período medieval e verá que se focaliza a Europa, excluindo a África e Ásia,
qualquer livro de história ou geografia enfatiza mais a Europa do que os outros
continentes, isso é um fato. Nossa sociedade é extremamente Ocidental, lemos a
Bíblia como se ela fosse Ocidental, a partir de todas as filosofias e ciências
que brotaram na Europa, a partir do Renascimento. Esses pensamentos do
Renascimento, Iluminismo, Revolução Francesa, estão tão arraigados em nossa
cultura que agora vemos a Europa como o centro do mundo, por que será que no
mapa-múndi a Europa está no centro? Fomos doutrinados a ver a Europa como o
centro, por um acervo de livros, filmes, quem não lembra da série Deixados para
trás? Não enxergamos o Oriente Médio, como se ele nem fosse citado nas
profecias bíblicas, esquecemos que de lá partiu a origem da Igreja e das
doutrinas cristãs, alguns esquecem do Oriente e dessa realidade, a ponto de
petulantemente ousar dizer que Israel foi substituído pela Igreja!
A Bíblia é totalmente oriental, devemos olhar para lá! Mas ao
invés disso, tentamos de qualquer jeito, mesmo quebrando a cabeça, encaixar as
profecias para a nossa vida moderna, fazendo especulações e levantando séries e
séries de hipóteses. Alguns levam a profecia para a Europa, outros por sua vez
são mais ousados e ocidentalizam mais, levando aos EUA. Mas a Bíblia é tão
simples, ela sempre nos mostrava o caminho, era nós que não víamos, não
queríamos ler a Palavra de Deus como ela realmente é.
Jerusalém (Deus a proteja) é o relógio de Deus, a cidade
escolhida para o seu Messias. Israel (Deus o abençoe) foi a nação escolhida
pela qual Deus estabelecerá o seu reino.
Aqui terminamos esse estudo, sei que está um pouco grande,
pois penso que quando alguém tem uma opinião sobre algo, ela deve discorrer
sobre aquele assunto. Mostramos uma nova versão da escatologia, em que 1) a
profecia se aplica ao Oriente Médio e não a Europa; 2) Roma Papal, legalmente,
não foi uma continuação do Império Romano; 3) Depois da queda do Império Romano
do Ocidente, nenhum outro império na Europa recebeu ou teve autoridade para
receber o título de Romano; 4) Roma Oriental continuou de pé, sendo uma
extensão legítima do Império Romano, cumprindo a profecia, dando lugar na
sucessão da cabeça da Besta ao Império Otomano e não ao Papado ou qualquer reino
na Europa ou América.
Considerações
Através da leitura da Bíblia e direção de Deus conseguiremos encontrar a verdade. |
Cada um leia e entenda como quiser, não queremos impor ideias
sobre ninguém apenas mostrar, o que vemos como posição bíblica, para que o
leitor possa crescer em conhecimento para a glória de Cristo, herdeiro das nações.
Deus o abençoe grandemente, e que o nosso Deus lhe dê a Paz
de todas as maneiras possíveis.
Deus sabe mais!
VC É MUITO BURRO! APOCALIPSE DIZ QUE UMA CIDADE
ResponderExcluirERA BABILÔNIA E NÃO UMA IGREJA,NÃO COLOQUE MENTIRAS
NA BOCA DE JOÃO MEU CARO.A IGREJA ROMANA FOI FUNDADA
POR PEDRO I PEDRO 5,13 NA CIDADE DE ROMA